O tema é o amor. E quem nunca amou? E quem nunca foi amado? Amar liberta, amar torna possível o impossível, amar dá a alegria que o espírito precisa. Amar sufoca, apaga, magoa, destrói. Amar é tudo, amar é também um nada. Amar é tudo isto. Uma espécie de anjo e ceifeiro de almas. Para amar basta um sorriso, basta um olhar, basta uma única palavra. Não há sintomas, não há remédios. Todos ama-mos independentemente da raça, da idade, do sexo, da religião, da posição politica, da vida que leva. Porque este sentimento brota dentro de nós. Nasce tão naturalmente como a erva daninha, e não sai por mais que arranquemos, há sempre uma semente. A partir do momento em que começamos a amar, tudo e todos parecem estar a favor. O nosso espírito eleva-se a um patamar elevado, tão elevado, num ponto nunca visto. A nossa visão pinta tudo de cores alegres e com corações nas margens. Os nossos ouvidos apenas ouvem sons bonitos e alegres. E, o nosso toque torna-se leve, alegre e harmonioso. A pessoa que ama-mos é sempre perfeita. Sem tirar, nem por. Pois os nossos olhos apaixonados, não vêem defeitos ou imperfeições. Vêem tudo perfeito como o sentimento que vivem. Amar faz-nos deixar de ver a razão. Cega-nos. Amar é perigoso. É como uma porta pela qual temos sempre de passar mas nunca se sabe o que está do outro lado. Mas ainda assim, quem nunca amou que ponha o dedo no ar! Quem nunca sentiu aquele frio na barriga só de ouvir aquela voz tão especial? Quem nunca sentiu um calafrio no corpo todo ao sentir o toque daquela pessoa tão especial? Quem nunca fez um sorriso parvo, ao olhar para aquela pessoa? Quem nunca se sentiu tímido apenas por estar na mesma sala que ele (a)? Quem nunca chorou pelo (a) amado (a)? Pois é, todos fazemos isso. E é curioso que tudo isto é inato. Isto é o amor, isto é amar. Mas o mais impressionante é que tudo isto é viver. E viver, vida é a maior dádiva que pode ser dada.